Gregório França de Siqueira
Gregório França de Siqueira
Biografia
Um nordestino que adotou Praia Grande.
Um rapaz de 20 anos chegando a Santos, vindo de Brejo da Madre de Deus, no sertão de Pernambuco. O ano era de 1949 e o rapaz era Gregório França de Siqueira, filho primogênito do agricultor Ananias França de Siqueira e Josefa Alves Siqueira, que tiveram mais cinco filhos. Gregório veio a Santos trabalhar como motorista de caminhão, na construção do Edifício São Domingos, na junção da Avenida Conselheiro Nébias com a Avenida Bartolomeu de Gusmão. A obra era da Organização Construtora Incorporadora Andraus (Ocian).
Em 1951, foi destacado para transportar materiais diversos para as obras dos prédios, do hoje bairro Ocian, construídos pela Andraus. Casou-se com Sebastiana Ferreira de Siqueira, com quem teve dois filhos legítimos; Jorge França de Siqueira e Jurandir França de Siqueira; e um filho adotivo Augusto Jorge dos Santos.
No ano de 1957, desligou-se da Andraus e exerceu as atividades de motorista, zelador de prédio, até se estabelecer comerciante com uma mercearia e pensão, na Rua Oceânica Amábile, no bairro Ocian.
Foi um dos participantes do movimento de emancipação política de Praia Grande, participando ativamente entre os anos de 1966 e 1968, sediando várias reuniões na pensão que sua mulher mantinha nos fundos da mercearia. Candidatou-se, pela primeira vez, para vereador em 1972, conseguindo a 2ª suplência. Com o falecimento do vereador Antônio Figueroa, passou a 1ª suplência, tendo assumido a cadeira de vereador diversas vezes.
Elege-se vereador em 1977, com 404 votos sendo o quarto mais votado. Ocupou os cargos de 2º Secretário e Vice-presidente da Câmara. Ao fim do último mandato,em 1982, já doente, afastou-se da política para cuidar da saúde. Dedicou-se a família e acompanhou o nascimento dos netos, Piero de Sousa Siqueira (1985), Nicole Sousa de Siqueira (1993), Amanda Urbano Siqueira (1994) e Brenda Caroline Trigo Siqueira (1995).
Em 2006, recebeu o título de Cidadão Praiagrandense, do vereador Antonio Cavalcante da Silva, pela dedicação prestada a Cidade e aos seus moradores, principalmente os nordestinos e os menos favorecidos.
No dia 2 de setembro de 2012, seu coração falhou pela última vez. Sua missão, que começou no dia 15 de novembro de 1929, chegou ao fim na igreja Nossa Senhora das Graças, na Ocian. Como homem muito religioso, ia todo domingo a missa.
Agora fica sua história de luta e determinação e a saudade dos filhos, irmãos, netos, noras e amigos.