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• Palestra aborda sobre ensino mais flexível para alunos da Educação Especial

Publicado em 02/09/2022 - por Daniel Elias, MTB: 59.233

Tornar a sistemática de ensino flexível para facilitar o aprendizado dos alunos público-alvo da Educação Especial. Esse foi o ponto principal da palestra Tecnologias Assistivas, Comunicação Alternativa e Desenho Universal. O bate-papo fechou o I Seminário de Educação Inclusiva, organizado pela Secretaria de Educação (Seduc). O encontro ocorreu nesta quinta-feira (7), no Auditório Jornalista Roberto Marinho, no Bairro Mirim.

A palestra foi ministrada pela fonoaudióloga Patrícia Pereira e pela professora Luciana Pereira. A dupla abordou sobre a flexibilização da sistemática por meio do Desenho Universal para Aprendizagem (DUA), que procura minimizar barreiras metodológicas. Isso permite que o currículo seja acessível para todos os alunos, pois, assim, possibilita a utilização de diversos meios de representação do conteúdo.

De acordo com Patrícia Pereira, para alcançar esse objetivo de educação inclusiva se faz necessário colocar em prática a equidade ao invés de igualdade. “Desta forma, propomos que as políticas públicas garantam de forma mais direta o acesso de acordo com a necessidade do aluno. Afinal de contas, com a Inclusão, aprendemos a ser mais inclusivos em diferentes aspectos”, destacou.

Segundo a dupla, o início da sistematização da educação no Brasil começou de forma equivocada. Para exemplificar, a professora Luciana Pereira usou como base a chegada dos jesuítas ao País, que buscavam catequisar os povos que aqui já viviam com a finalidade do convencimento. “Quem não se enquadrava no modo deles de pensar ficava de fora. Ou seja, a educação aqui já começou de forma segregar o acesso”.

Com base nessa mesma premissa, com a chegada da corte portuguesa no século XIX, foi criada a primeira faculdade no Brasil. A partir daí surgiram outros cursos com a finalidade de formar o profissional, mas se esquecia de investir na base educacional que ficava defasada. “Outro exemplo, de exclusão, um pouco mais recente, era que apenas os homens frequentavam a escola até início do século XX. Ou seja, a educação no Brasil sempre aconteceu deixando de lado parte da sociedade”, comentou Luciana Pereira.

“Também por esse motivo quero parabenizar a iniciativa da Secretaria de Educação de Praia Grande em promover esse momento de formação durante o Seminário”, continuou a professora. “Afinal de contas, nenhum aprendizado acontece se não começar pela educação básica. Precisamos desenvolver ações que tornem cada vez mais normal a educação inclusiva e assim formar uma sociedade receptiva ao que parece diferente”.

Público – O terceiro e último dia do I Seminário de Educação Inclusiva teve como público-alvo professores de sala de aula que atendem alunos da Educação Especial e educadores que atuam nas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Responsável pela Coordenadoria de Educação Especial, Julia Ribeiro Costa, destacou a importância destes profissionais. “São vocês que direcionam as nossas crianças em escolher que tipo de ser humano serão e de que forma poderei me encaixar na sociedade”, enfatizou.

A secretária de Educação, a professora Cida Cubilia, fez questão de destacar importância do I Seminário de Educação Inclusiva. Ao todo, foram três dias de palestras com cerca de 2 mil pessoas participando destes momentos. “Inclusive com representatividade de profissionais que trabalham nas Seducs das cidades vizinhas. Pois os convidamos porque entendemos que precisamos compartilhar esse conhecimento”.

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