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Publicado em 29/12/2022 - por Daniel Elias, MTB: 59.233
As escolas municipais de Praia Grande registraram crescimento na demanda de estudantes com deficiência em 2022. Em levantamento realizado com base em dados de outubro deste ano, a Secretaria de Educação (Seduc) registrou 2.041 alunos público-alvo da educação especial. Em 2021, esse número foi de 1.537 matriculados na rede, o que totaliza aumento de 32,79%. Para suprir a essa nova realidade, a Seduc desenvolveu série de ações.
A Coordenadoria de Educação Especial e Inclusiva ficou responsável em gerir as ações relativas a atender as necessidades destes alunos. Ampliação dos serviços oferecidos e de funcionários para suprir a demanda, bem como, oferecer capacitações para os servidores estiveram entre as apostas do setor. Outro ponto de destaque foi a realização de dois momentos macros de debates e formação com a participação de representantes de cidades vizinhas.
Um deles foi o I Seminário de Educação Inclusiva realizado em julho deste ano. Durante três dias de evento, a Seduc mobilizou mais de 2 mil pessoas que assistiram às palestras temáticas direcionadas para os diferentes profissionais que atendem aos estudantes público-alvo da educação especial. O 15º Encontro de Educação Inclusiva, ocorrido em novembro, também deu suporte aos educadores que atuam com os alunos.
Além de investir na formação dos profissionais, a pasta municipal também buscou ampliar os equipamentos e capacidade de atendimento. Um exemplo disso está no número de salas de recursos multifuncionais voltadas para o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Em 2021, a Seduc contava com 21 unidades, passando para 25 este ano. Já está previsto para 2023, o acréscimo de mais 7 salas promovendo nova expansão desta prestação de serviço.
As salas de recursos multifuncionais são equipadas com todos os recursos tecnológicos (notebooks, computadores, lousas digitais e mesas interativas) existentes na rede municipal de ensino. Os docentes que atuam nestes espaços são especializados nas áreas de deficiência. O atendimento ocorre de forma individual ou em pequenos grupos, sempre no contraturno escolar, como complemento a rotina de sala de aula e de acordo com a necessidade do aluno.
Fortalecimento – Para acompanhar de perto o ensino oferecido no AEE e nas salas de ensino regular, a Coordenadoria precisou reforçar a equipe. Desta forma, o setor passou a contar com novos assistentes técnicos pedagógicos (ATPs) de educação inclusiva. Ano passado, o grupo era formado por nove profissionais que percorriam as escolas para dar o suporte necessário a alunos, professores e equipes gestoras das unidades. Em 2022, três novos técnicos vieram somar forças, totalizando 12 ATPs.
De acordo com a responsável pela Coordenadoria de Educação Especial e Inclusiva, Julia Ribeiro Costa, esse reforço foi necessário para assegurar o acompanhamento dos serviços e do atendimento oferecido nas escolas. “Trata-se de uma equipe especializada que busca a todo o momento fornecer o respaldo ao desenvolvimento do projeto escolar que preconize e assegure a perspectiva inclusiva em sua totalidade em nossas unidades”, enfatizou.
Outro ponto que necessitou de mais atenção por parte da Coordenadoria foi o chamado Plano de Ação. Realizado por atendentes de educação e educadores de desenvolvimento infanto-juvenil (EDIJ), trata-se de um serviço que visa a dar suporte aos alunos precisam de acompanhamento. Até outubro de 2022, 1344 estudantes foram assistidos por 864 profissionais que deram o aparato preciso.
“Notamos que, no retorno ao ensino presencial, parcela significativa de nossos alunos manifestou maior nível de dependência, tanto para atividades de vida diária, como higiene e alimentação, quanto para demandas de ordem comportamental e acadêmica”, explicou Julia Ribeiro. “Por isso, ao longo do ano, a secretaria organizou-se para fornecer o suporte adequado para o desenvolvimento dos estudantes, contando com a atuação das atendentes e EDIJ”.
Segundo a responsável pela Coordenadoria de Educação Especial e Inclusiva, a somatória de ações e de esforços garantiram o atendimento qualificado e satisfatório ao longo do ano de 2022. “Diante desses dados, é possível afirmar que a rede tem percorrido um caminho de equidade na educação. As iniciativas são para assegurar a todos o direito à educação inclusiva de qualidade sem desconsiderar as especificidades daqueles que necessitam de maior suporte no momento”, destacou.