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• Ações das escolas de Ensino Fundamental evidenciam qualidade da educação em PG

Publicado em 29/12/2022 - por Daniel Elias, MTB: 59.233

O ano de 2022 marcou a retomada das aulas presenciais. Após período significativo afastados pela necessidade de distanciamento social, alunos, professores e funcionários voltavam ao convívio diário. O ano letivo, que começou cheio de incertezas e desafios, termina com balanço satisfatório. Isso porque, a Secretaria de Educação (Seduc) deu todo suporte para que os alunos do Ensino Fundamental apresentassem desempenhos acima do esperado.

O primeiro passo foi colocar em prática o projeto Ponte do Saber, com o objetivo de municiar os professores com atividades para que auxiliasse na recuperação da defasagem de aprendizado causado pela pandemia. Parte do Plano de Governo da Administração Municipal foi desenvolvida ao longo de todo o ano. Ao todo, foram produzidas 230 atividades, somando uma média de 500 páginas e beneficiando 37 mil estudantes do 1º ao 9º ano.

As atividades foram elaboradas pelos assistentes técnicos pedagógicos (ATPs) e disponibilizadas na Plataforma Digital Educacional. Os professores acessavam o conteúdo e compartilhavam com os estudantes que, por sua vez, faziam os exercícios relativos em casa. Posteriormente, levavam para a escola para que o educador pudesse corrigir ou solucionar possíveis dúvidas. Desta forma, a pasta municipal garantiu a recomposição da aprendizagem.

Junto com a Ponte do Saber, a Secretaria de Educação colocou em prática outra iniciativa. Por meio do Plano Trienal de Recuperação de Aprendizagem, a Seduc permitiu a flexibilização do currículo municipal para que se enquadrasse na realidade apresentada pelos alunos após o período de aulas online. Desta forma, ao longo do ano, professores e equipes técnicas adequaram o conteúdo pedagógico de acordo com o nível de conhecimento das turmas.

De acordo com o diretor da Coordenadoria de Ensino Fundamental da Seduc, Israel Batista, a flexibilização permitiu que os professores entendessem melhor o nível de conhecimento dos alunos e propusessem ações e avaliações com base nesta análise. “Com o passar dos meses, percebemos a evolução dos estudantes. Pois os educadores começaram a explorar o conhecimento dos estudantes e, conforme respondiam positivamente, elevavam o nível do conteúdo aplicado. Isso fez com que as turmas evoluíssem de forma coletiva”.

Incentivo – Uma das ferramentas utilizadas pelos professores para promover essa evolução no conhecimento dos alunos foi a prática da leitura. E os educadores contaram com apoio da pasta municipal que, no início do ano, lançou o programa Página a Página. A iniciativa consistiu na distribuição de quatro a cinco livros, de acordo com segmento de ensino, para todos os estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Complementação Educacional e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A aposta foi extremamente positiva pois deu as mesmas condições de leitura e aprendizado para os estudantes. Desta forma, ao longo do ano, os professores conseguiram desenvolver projetos com base nos livros distribuídos aos alunos. No segundo semestre, as escolas realizaram ações para compartilhar com a comunidade o que produziram em sala de aula. As iniciativas colocadas em prática resultaram na premiação dos principais trabalhos na I Mostra do Página a Página.

Ao todo, 93 trabalhos realizados pelos professores das escolas municipais foram inscritos para concorrer. Todas as iniciativas passaram por análise da comissão que ficou responsável em definir os destaques por categoria. Para fechar todo o processo, um a um dos vencedores compartilharam com os presentes, durante evento realizado no Palácio das Artes, as ações executadas com os alunos, os resultados alcançados e o livro utilizado como referência.

Retorno – Com o passar do ano, esses e outros projetos desenvolvidos por professores e escolas municipais começaram a trazer resultados positivos que transpuseram a barreira das salas de aulas. Incentivados pelos educadores, os alunos participaram de competições educacionais que envolveram estudantes da região, do Estado e, até mesmo, do País. Com muito empenho e dedicação, os frutos colhidos mostram que a Educação em Praia Grande continua no caminho certo.

Um dos resultados mais significativos foi a participação dos alunos na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). Os estudantes tiveram desempenho surpreendente ao conquistarem 407 medalhas de oura, prata e bronze. Deste total, 292 condecorações foram na MOBFOG, enquanto na OBA os meninos e meninas garantiram mais 115.

A participação praia-grandense na OBA e na MOBFOG reservou uma surpresa. Diz respeito ao desempenho dos alunos da EM Sebastião Tavares de Oliveira, situada no Bairro Quietude. Comandados pela professora de Ciências, Ana Cristina Ribeiro dos Santos, do total de 292 medalhas na MOBFOG, os estudantes conquistaram 260, sendo que, destas, 257 eram de ouro e as outras três prata e bronze. Para reconhecer a atuação dos jovens, a Seduc realizou evento onde homenageou a todos.

Não foi apenas na OBA e MOBFOG que os alunos tiveram participação satisfatória. Concurso de redação promovido pela TV Tribuna, o Câmera Educação também teve praia-grandense como vencedor. Ou melhor, um apenas não, dois. A jovem Helena da Silva Neves, da Escola Municipal São Francisco de Assis, ficou em primeiro lugar na categoria Comissão Julgadora. Enquanto Heitor Sales dos Santos, da Escola Municipal Domingos Soares de Oliveira, garantiu prêmio ao somar 57 mil votos na categoria Voto Popular.

Os desempenhos positivos apresentados pelos alunos foram corroborados pelo resultado divulgado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) publicado em setembro. Praia Grande continua em primeiro lugar entre as nove cidades da Baixada Santista. O Município conquistou a nota de 6,1 nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e de 5,5 nos Anos Finais.

Para o diretor da Coordenadoria de Ensino Fundamental da Seduc, alunos, professores e equipes gestoras das unidades superaram com êxito esse primeiro ano de retomada pós período crítico da pandemia. “E os resultados apresentados demonstram isso. Claro que não foi um ‘mar de rosas’. Tivemos algumas situações, dificuldades no início para se adaptar a rotina diária. Entretanto, com o suporte da Secretaria, as escolas e os professores evidenciaram, mais uma vez, a qualidade do ensino oferecido em Praia Grande”

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